O que eu também não entendo.
Em um certo momento você tem um desejo, uma ânsia, é tudo aquilo que mais quer, mas não pode se entregar pois não existe a certeza. Sente medo, insegurança...
Não sabe que o que deseja lhe deseja da mesma forma.
Em palavras simples e ingênuas destrói-se tudo. Impulso repugnante. Domínio dos sentidos, deu espaço ao ego anteriormente ferido.



No calendário passaram-se seis meses, na verdade foram nove. Nove meses esperando ouvir algo que hoje não faz mais sentido.
Foram muitos sábados, diversas segundas, incansáveis vezes ouvindo aquela música-nossa música, ansiedade pelo tão prometido encontro - que nunca ocorreu de fato. Esperança, essa grande companheira.
Alguns vieram, outros se foram. Não posso, não consigo aceitar-entender porque não insistira, porque deixaste passar tanto tempo. Oportunidade talvez única. E mesmo que se passem seis anos e quem sabe sejamos contemplados pelo tal destino, saberemos desfrutar dessa chance novamente? Eu não vejo resposta.

Você me fez sentir o mais diferente misto de sentimentos. Experiências não contam, cada momento era surpreendente. Eu acredito em você, mesmo tendo duvida.
Hoje sinto a calmaria, como eu disse, o que me fascina é essa clareza com a qual nos tratamos. Seguimos outros caminhos e esses insistem cruzar um com o outro. Intrigante isso.
Não meu amor, não vou ficar lhe esperando, continuemos assim, paralelamente. Não quero destruir o que sinto com incertezas. Vou manter o belo intacto, para que um dia num futuro próximo, talvez distante possamos re-cultivá-lo e fazê-lo florir na primavera, onde tudo começou.
Desabafo, por que isso não me sai da cabeça.

"Encontrei o amor. Ele não é real, mas que se há de fazer?
A gente não pode ter tudo na vida..."

1 Revelações:

Felipe Braga disse...

Espetacular!
Inseguranças, egos...
Tão complicados, tão convidativos e perigosos.
Adorei.
Beijos.

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