E aproveitando o assunto do post anterior...
Saudade é uma palavra que me acompanha a todo o momento.
E há horas que me vem com tanta força que parece arrancar-me os órgãos.
Tenho sentido muita falta de um lugar, mais precisamente de uma cidade.
O lugar em que vivi os três melhores anos da minha vida, o lugar onde aprendi tantas coisas, onde me diverti, fui feliz, senti tristeza, senti saudades, amadureci e me tornei o que hoje sou.
Hoje percebo que tudo aconteceu no momento certo e terminou quando já não restava mais espaço para continuar.
Lembro-me com carinho, às vezes sinto o cheiro que me transporta até lá. Coisas simples que se tornaram inesquecíveis.
Sinto Saudades...
Saudades da pequena cidade do Triângulo Mineiro que possui apenas um prédio (o ponto de referência) e duas avenidas: uma principal onde se encontra todo o comércio e a outra que faz todo um contorno pela cidade e qual literalmente é nomeada de Avenida do Contorno. A cidade que cabe numa fotografia 10x15.
Saudades de caminhar pelas ruas no fim da tarde;
Saudades de arrancar as folhas das árvores da calçado do meu avô e depois vê-lo perguntar quem tinha feito aquilo;
Saudades de subir no pé de goiaba, seriguela e jabuticaba;
Saudades de jogar bola, queimada e taco no gramado da Rodoviária;
Saudades de ir à escola de bicicleta;
Saudades do pastel do Seu Joaquim, do sanduíche da Goreth e da sorveteria Central;
Saudades de ouvir o carro de som anunciando as promoções do supermercado, das lojas e até mesmo de mais uma morte;
Saudades de quando à tarde, sentar na calçada da Pri, ficar ouvindo musica até anoitecer e depois ir fazer bagunça na frente da escola;
Saudades dos dias de festas, da maratona do carnaval, dos rodeios e das festas juninas no Club;
Saudades dos meus avós e de seus mimos comigo, dos cachorros, dos amigos que fiz e deixei, dos amores que provei, das pessoas que não conheci;
Saudades de ir a missa no domingo a tarde e em seguida ficar na praça com os amigos;
Saudades do céu noturno, onde só se viam estrelas e a Lua, sem poluição;
Saudades da rede na varanda, da poeira vermelha, do calor escaldante e do cheiro de terra molhada quando chovia;
Saudade da simplicidade de viver;
Saudade boa, sinto-a com leve perfume e um sorriso no rosto.
Após cinco anos voltei para visitá-la. Assustei-me ao ver como as coisas haviam se modificado.
Mudaram as cores, algumas árvores não mais existiam, pessoas se foram, ruas desertas, crianças cresceram, o pastel com gosto diferente, mudaram o meu banco preferido da praça de lugar, o vento soprava em outra direção, senti-me como se nunca estivesse antes ali.
Vivi sim, no melhor momento, vou leva-los sempre comigo, pois serão estas lembranças que me farão olhar pra trás com carinho e quem sabe um dia eu volte novamente...
E há horas que me vem com tanta força que parece arrancar-me os órgãos.
Tenho sentido muita falta de um lugar, mais precisamente de uma cidade.
O lugar em que vivi os três melhores anos da minha vida, o lugar onde aprendi tantas coisas, onde me diverti, fui feliz, senti tristeza, senti saudades, amadureci e me tornei o que hoje sou.
Hoje percebo que tudo aconteceu no momento certo e terminou quando já não restava mais espaço para continuar.
Lembro-me com carinho, às vezes sinto o cheiro que me transporta até lá. Coisas simples que se tornaram inesquecíveis.
Sinto Saudades...
Saudades da pequena cidade do Triângulo Mineiro que possui apenas um prédio (o ponto de referência) e duas avenidas: uma principal onde se encontra todo o comércio e a outra que faz todo um contorno pela cidade e qual literalmente é nomeada de Avenida do Contorno. A cidade que cabe numa fotografia 10x15.
Saudades de caminhar pelas ruas no fim da tarde;
Saudades de arrancar as folhas das árvores da calçado do meu avô e depois vê-lo perguntar quem tinha feito aquilo;
Saudades de subir no pé de goiaba, seriguela e jabuticaba;
Saudades de jogar bola, queimada e taco no gramado da Rodoviária;
Saudades de ir à escola de bicicleta;
Saudades do pastel do Seu Joaquim, do sanduíche da Goreth e da sorveteria Central;
Saudades de ouvir o carro de som anunciando as promoções do supermercado, das lojas e até mesmo de mais uma morte;
Saudades de quando à tarde, sentar na calçada da Pri, ficar ouvindo musica até anoitecer e depois ir fazer bagunça na frente da escola;
Saudades dos dias de festas, da maratona do carnaval, dos rodeios e das festas juninas no Club;
Saudades dos meus avós e de seus mimos comigo, dos cachorros, dos amigos que fiz e deixei, dos amores que provei, das pessoas que não conheci;
Saudades de ir a missa no domingo a tarde e em seguida ficar na praça com os amigos;
Saudades do céu noturno, onde só se viam estrelas e a Lua, sem poluição;
Saudades da rede na varanda, da poeira vermelha, do calor escaldante e do cheiro de terra molhada quando chovia;
Saudade da simplicidade de viver;
Saudade boa, sinto-a com leve perfume e um sorriso no rosto.
Após cinco anos voltei para visitá-la. Assustei-me ao ver como as coisas haviam se modificado.
Mudaram as cores, algumas árvores não mais existiam, pessoas se foram, ruas desertas, crianças cresceram, o pastel com gosto diferente, mudaram o meu banco preferido da praça de lugar, o vento soprava em outra direção, senti-me como se nunca estivesse antes ali.
Vivi sim, no melhor momento, vou leva-los sempre comigo, pois serão estas lembranças que me farão olhar pra trás com carinho e quem sabe um dia eu volte novamente...
1 Revelações:
Só a saudade se equipara ao sentimento mais nobre. Ótimo texto! Bj!
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